Amazônia!
Rica em grandes belezas, mas se não for preservada core o risco de desaparecer...
A
exposição mostra um dialogo entre cores e representações baseada no cenário
amazônico,
onde cada artista no seu estilo buscou refletir fatores históricos, sociais e
culturais, preservando a individualidade artística que cada um possui. Dessa forma
o grupo de artistas traz ao público suas reflexões vivenciadas no universo
amazônico, possibilitando a sociedade conhecer, valorizar, apreciar
as expressões artísticas locais.
Alcié Souza
artista visual graduada em Licenciatura Plena em Artes Plástica pela
Universidade Federal do Amazonas/Ufam, pós-graduada em Artes Visuais: Cultura e
Criação pela Faculdade de Tecnologia-SENAC-AM. Participou da Exposição Coletiva
2 e 3 Dimensões de Arte em 2010 no Instituto Cultural Brasil Estados Unidos –
ICBEU. Arte Educadora no Colégio Municipal Maria do Carmo R.de Souza.
Sua obra
“Fragmentos do Passado” é oriunda de uma pesquisa para um trabalho a ser feito
de uma intervenção urbana. O logradouro escolhido para a intervenção foi a
Praça Dom Pedro II palco de um antigo pelourinho. Escavações feitas na Praça
pelo arqueólogo alemão Peter Paul Hilbert concluiu que achados arqueológicos
pertenciam à Cerâmica Paredão, da tradição Borda Incisa. A inspiração para o
trabalho partiu de uma das características dessa cerâmica que se constitui em
uma Careta.
André (Hulk)
envolvido nas artes visuais desde 2010 ao longo do tempo vem desenvolvendo trabalhos
com as técnicas do graffiti, os quais sempre levam como marca a cor verde que é
voltada ao seu tag “Hulk” (pseudônimo) e por representar sua regionalidade
amazônida. Seu trabalho visa expor nossa cultura e para isso sempre busca
aprimoramento de sua técnica. Assim sua arte reflete sua imaginação, os seus
sonhos e relacionamento, podendo ser observada em cada zona de Manaus.
Sua
obra “Conexão” é uma forma de valorização a cultura indígena e a um dos ícones
de nossa historia local o Teatro Amazonas. Conexão em um mundo imaginário, onde
cores dão forma ao olhar reflexivo fazendo surgir paisagens, animais, personagens,
prevalecendo o amor a sua cultura.
Jeferson (Yenos)
grafiteiro há dez anos, sempre procurar explorar a imensidão de nossa paleta de
cores, buscando formas fora do padrão do graffiti tradicional, suas letras são
de fácil interpretação, mas com um leve toque de abstrato, procurando envolver
sua visão artística juntamente com o olhar crítico dos espectadores.
Sua
obra “Olhos da terra” expõe as variações de cores da Amazônia, sobretudo
simbolizando a variedade de riquezas que o Estado do Amazonas possui, em
especial destacando o guaraná que é cultivado principalmente no município de
Maués. Dessa maneira mostra um trabalho de letras que trás em seus contornos o
guaraná uma das frutas típicas da região.
Johnny (Bulk) grafiteiro
há dez anos, passou por várias vertentes
do graffiti pixo, bombs, wildstyles, 3D, e atualmente vem se aprimorarando no
realismo geralmente em preto e branco. Sua inspiração vem das ruas, do cotidiano
da cidade de Manaus, nos problemas sociais do povo, no choro das pessoas, no
dia a dia de um pixador, de meninos que vendem bombons nos coletivos em pleno
sol escaldante de Manaus e das florestas que cercavam a cidade e que estão desaparecendo
e se transformando em uma BABILONIA de concreto. Seu personagem característico
é um bonequinho com camisa na cara como um marginal que pinta, protesta que não
se conforma com o descaso social e político.
Sua
obra “Amazon babilon” expõe a Amazônia em um contesto urbano em
constante transformação social, explorando a sensualidade das índias, seus
grafismos e adereços.
Jonison (si gnos) é conhecido como (nos), se considera
como new school (nova escola) na cena
do graffiti, começou no vandal em 2009, mas com pouco tempo evoluiu para a arte
do graffiti, criando um tipo de letra estilizada como wild styler (letras trançadas de difícil entendimento) seu
significado é estilo selvagem, criou e evoluíu os traços dessa letra com sua
própria originalidade, em 2012 a 2013 vem estudando e criando seu próprio
personagem, assim desenvolveu um garoto com características de um moleque de
rua bem esperto, além disso, vem desenvolvendo estudo nas técnicas do realismo
e já realizou alguns trabalhos com esse estilo, com certeza muitos ainda estão
por vi.
Sua
obra “Caboclo Pensador” se constitui na junção de duas telas para formar uma
composição só, composta por letras traçadas com as cores do encontro das águas e
da Floresta Amazônica e um personagem estilo caricatura de um índio pensativo,
representando nosso regionalismo.
Silvandro
(Godo) começou a pintar nas ruas com
o propósito de deixar a cidade mais bonita, até hoje diz que pintar nas ruas e
a parte mais sedutora do seu mundo artístico, por onde passa deixa um de seus
personagens ou simplesmente seus Bombs (letras rápidas). Seus personagens
exploram a fauna, sendo às vezes um verme verde em constante mutação ou
simplesmente pássaros coloridos.
Sua obra “Mutação em cores” expõe nossa fauna rica
em uma diversidade de espécie, mas em destaques os pássaros coloridos
preservando o seu estilo característico de contornos marcantes e formas
circulares.
Helaine Dias (H.Dias)
artista visual graduada em Licenciatura Plena em Artes Plásticas pela Universidade
Federal do Amazonas/UFAM, desenvolve
trabalhos nas áreas de programação visual, multimídia, computação gráfica,
animação, pintura, escultura, edição de vídeo, Ilustração, street art, atualmente desenvolve intervenções artísticas
nas ruas de Manaus explorando as técnicas do graffiti, seu trabalho representa
o gênero feminino, uma representação da evolução da mulher de suas conquistas,
seus sentimentos, suas transições, seus momentos. Portanto com sua arte busca
desenvolver a inclusão entre os meios artísticos, interrelacionar seus
conhecimentos acadêmicos com os conhecimentos adquiridos nas ruas.
Sua
obra “Mãe da Mata” representa o papel da mulher em seu ato de ser mãe
protetora, de cuidar, zelar, amar. Uma reflexão a preservação da fauna
Amazônica, que devemos cuidar das espécies, de nossas florestas, preservar
nossa cultura.