FESTIVAL HIP HOP DIMANAUS
Concurso de Rap Individual de Manaus
Com o proposito de oportunizar, promover e difundir trabalhos de criação
autoral da música Rap por meio da realização do “I Concurso de Rap
Individual de Manaus” com temática livres, premiando os três primeiros
colocados, conforme Regulamento que estará disponível a partir de amanhã dia 30.06.2016
Projeto
contemplado com o Edital nº 02/2015 - Concurso - Prêmio Manaus de Cultura Hip
Hop
Modalidade
Criação / Preservação
Projeto
contemplado: Hip-Hop Di Manaus
Proponente:
Marcos da Silva (Marcos Tubarão)
Mais
informações:
(92) 99182-1453
Contexto Hip Hop – culturas emergentes, intercâmbios periféricos, iniciativas, eventos e afins.
Festival Hip Hop diManaus - 2016
Hip Hop diManaus” nasce de sua essência como um Festival que contemplará o fazer artístico dos quatro elementos fundamentais da Cultura Hip Hop em três linguagens: a Música, a Dança e a expressão do Graffiti – representados pelos pilares do Hip Hop: DJ, MC, B.Boy e o Grafiteiro. Sua programação será composta de artistas de Manaus - convidados à agregar valor às expressões, criando um ambiente artístico e cultural em que estão inseridos como protagonistas de sua própria história. O ponto principal do festival será a realização do “I Mostra competitiva de Rap Individual de Manaus” que irá compor a coletânea em CD “Rap diManaus” – gravada ao vivo na etapa final do Concurso. Ainda trará mostras não competitivas de suas principais expressões: música Rap com DJs convidados e produtores; danças B. Boying, Popper e Locker, assim como o elemento Grafitti. Hip Hop é certamente uma cultura mais importantes nas últimas três décadas - união, cooperação, entre os quatro elementos do Hip Hop - algo raro, nos dias de hoje em qualquer lugar do mundo.
Ideias e Ideais com Nelson Triunfo gravado no Aeroporto de Manaus em 2007.
CABANOS "A Ideia Não Morre"
No passado, a Cabanagem foi uma revolta
popular ocorrida na Amazônia, e dela participaram pessoas vindas das camadas
mais pobres da sociedade. Tratava-se dos Cabanos – uma extensa multidão de
pessoas humildes constituída por negros, índios e mestiços que moravam em
cabanas e eram explorados pelas autoridades do governo. Quando todos viviam num
estado de absoluta miséria: a revolta dos Cabanos era uma tentativa de
modificar aquela situação de injustiça. Os Cabanos lutavam por melhoria de
vida, política, social e econômica.
O estudo da revolução Cabanagem foi base para
que o grupo musical de rap Cabanos tivesse sua formação em janeiro de 1999 na
zona leste de Manaus. O grupo aborda em suas letras, o que a própria revolução propunha
aos mais pobres da época, que era moradia, educação, dignidade e respeito,
entre outros objetivos. Seus integrantes são precursores da cultura Hip Hop em
Manaus e co-fundadores do Movimento Hip Hop Manaus (MHM). O Cabanos desenvolve
trabalhos sociais, culturais e artísticos, na periferia manauense, estando
presente em eventos importantes e celebrações na cidade, estendendo
ideologicamente a outras cidades do Amazonas.
Hoje, o Cabanos é mais que um grupo de rap ou
simplesmente da Cultura Hip Hop. Consiste em uma família, com adeptos em toda a
cidade de Manaus, - pessoas com afinidades e pensamentos em comum. O show de
apresentação do grupo Cabanos é composto sempre de músicas próprias, as letras
relatam o cotidiano da periferia, expressam sentimentos individuais e vivências
pelos integrantes do grupo. As letras são facilmente assimiladas pelo público
por causar uma identificação de fatos e linguagem.
A
música foi produzida pelo grupo a partir de pesquisa no Funk e Soul
estadunidense da década de 1970, passando pelo rock-progressivo germânico de
Amön Dul ao psicodélico escocês Donovan da década de 1960, do brasileiro Sérgio
Mendes à musicalidade expressada por artistas amazonenses como: Raízes
Caboclas, música “Cantos da Floresta” sampler para “Cara Pálida”, inspirações
de artistas manauenses como Chico da Silva, Aldisio Filgueiras, Antonio
Pereira, Márcia Siqueira, Grupo A Gente entre outros, e várias etnias indígenas
brasileiras. Também é objetivo, empenhar-se pela qualidade artística, buscar fórmulas
para que as apresentações públicas tenham uma linguagem contemporânea-regional,
contudo, que fuja de ‘estereótipos/clichês amazônicos’. O show do Cabanos
contém interferências audiovisuais produzidas pelo videomaker Marcos Tubarão, dança contemporânea por Odacy de
Oliveira, artes visuais por Turenko Beça, grafiteiro Arab, cantora Márcia
Siqueira, entre outros artistas convidados/colaboradores.
Todos devem clamar pela paz e estar certo de
que a vida tem um significado amplo, e nessa simplicidade de pensamento, o
Cabanos faz uso da palavra como uma arma contra a baixa estima, onde sua voz
defende o ribeirinho, o pobre favelado, pessoas que moram nos alagados,
palafitas e invasões. Pessoas que apesar de morarem ao entorno no maior rio do
mundo, nem sempre tem água para suas necessidades.
O trabalho deu-se também pela necessidade em
mostrar a importância em valorizar o aprendizado familiar – apresentando-o como
base estrutural, promover a produção local e propiciar que as pessoas tenham
orgulho em ser amazonense, caboclo, do Norte, brasileiro. As letras das músicas
despertam pessoas a buscarem conhecimento, principalmente, na política,
ciência, história, espiritualidade, seus direitos como cidadãos e direcioná-las
para refletirem sobre o bem que podem fazer da vida.
O título mostra o flertar com a arte/história,
fatos verídicos do cotidiano, mostrando a intenção de contribuir com a melhoria
da sociedade. Apesar do trabalho com a música ter começado há mais de 20 anos,
apenas em 2004 o grupo começou a gravar seu primeiro disco intitulado “A Idéia
Não Morre” – o que levou quatro anos de produção e gravações. “A Idéia Não
Morre” foi realizado com próprios recursos, ajuda dos amigos Elso Correa e
Márcia Siqueira proprietários da Baruk Som, Iluminação e Estúdio. O CD é uma
produção independente, contém 12 faixas e uma de faixa-bônus “Todo Homem tem
seu Preço”. Pode-se dizer que é um trabalho sem validade, visto que algumas de
suas letras de compostas há quase 10 anos, continuam atuais. “A Idéia Não
Morre” não é uma proposta ficcional, são experiências vividas pelos integrantes
do grupo e pessoas próximas, situações do dia-a-dia foram musicadas. O CD “A
Idéia Não Morre” é uma produção autoral do de rap grupo Cabanos e foi lançado
no evento multimídia de artes integradas “Na Batida do Rap”, no Aomirante
Espaço Cultural.
Cabanos lançou em novembro de 2011 o seu
primeiro DVD, intitulado por “A Idéia Não Morre” – mesmo título do primeiro CD
e escrito “Idéia” de forma acentuada, fazendo valer o título/trabalho com
origem antes das atualizações ortográficas na Língua Portuguesa.
O DVD trás participações especiais da cantora Márcia
Siqueira na música “Pensamentos Malditos”, do intérprete-criador em dança
contemporânea Odacy de Oliveira em “Cara Pálida”, do escritor de Grafitti Arab na música “Como um louco”,
do dançarino de B.Boying, Popper e Locker
Mestre Gato em “Na onça” e entreatos participativos do Beatboxer Bruno Crazy, stencil/cenografia de Turenko Beça e Marcos
Tubarão. O projeto para gravação do DVD teve apoio da Baruk Sonorização,
Gravação e Entretenimento, do projeto PAIC
2009/ManausCult/PMM e do Microprojetos da Amazônia 2010/Funarte/Ministério da
Cultura.
“Uma história que começou há 27 anos, onde
vivemos o Hip Hop intensamente, promovendo-o a uma cultura de origem
estadunidense em uma eficaz linguagem com a periferia da cidade de Manaus; e
baseado nos objetivos que foram atingidos, pode dizer que conceitualmente,
superamos os lugares de onde originou a cultura Hip Hop”.
Marcos
Tubarão
(Co-fundador
do Movimento Hip Hop em Manaus, pesquisador, produtor musical, audiovisual, artístico
e cultural).
Formação:
Marcos Tubarão > DJ, produtor musical, artístico e audiovisual
Nego Elio > Compositor e vocalista
Nego Juca > Compositor e vocalista
S Preto > Compositor e vocalista
DVD "A Ideia Não Morre"
O DVD
06. Beat Box - Bruno Crazy
DVD "A Ideia Não Morre"
O DVD
01. Abertura "A História da Cabanagem"
02. Como um Louco
03. A Idéia Não Morre
04. Bem-vindo ao Mundo da Periferia
5. Pensamentos Malditos ( Márcia Siqueira)
07. Na Onça
08. Interlude Plus Cara Pálida
09. Revolta dos cabanos
10. O Sistema quer isso
11. Extra Projeto Pé Rachado
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